Em um momento de tantas mudanças no mundo digital, um conceito cresce mais a cada dia: o UGC. Se você chegou até aqui procurando caminhos para transformar criatividade em carreira, está no lugar certo. Este artigo é um guia realista, direto, cheio de dicas e exemplos para você que está iniciando ou já tem experiência, mas quer ir além com conteúdo gerado por usuários.
O que é UGC e por que falar disso?
Antes de pensar em como trabalhar com UGC (User Generated Content), entenda sua essência. O termo designa qualquer conteúdo — fotos, vídeos, resenhas, comentários, posts — produzido, espontaneamente ou não, por consumidores e criadores e publicado em canais digitais de marcas. Não é apenas “falar de um produto”. É mostrar, criticar, ajudar o público a decidir.
Mas por que esse tipo de conteúdo importa tanto? Bom, pesquisa da FeaSeo indica que 90% das pessoas confiam mais em avaliações reais do que em anúncios tradicionais. Já parou para pensar nisso? As marcas sabem disso. E você, criador, pode ser o elo entre quem vende e quem compra — com autenticidade.
Por que UGC ganha tanto espaço?
Vivemos em uma era onde a publicidade tradicional tem cada vez menos impacto. Quando um vídeo ou post parece realmente feito por alguém comum — e não por uma empresa — a confiança cresce. O UGC preenche justamente esse espaço: aquela dúvida real, aquela opinião sincera, aquela demonstração sem roteiro.
As pessoas confiam mais em pessoas do que em marcas.
Segundo o estudo da Influee, 82% dos consumidores se sentem mais inclinados a comprar de marcas que usam UGC em suas campanhas. Isto mostra como o conteúdo colaborativo virou uma moeda valiosa.
A autenticidade faz diferença
A Digital Fusion traz um dado importante: 86% dos consumidores dão peso máximo para autenticidade ao escolher marcas para confiar. Não se trata de uma simples tendência. É sobre credibilidade e construção de valor no relacionamento entre público e marcas.
E veja, quando falamos de UGC, falamos de influenciar decisões — 40% dos consumidores, aponta a QR Code Tiger, dizem que a opinião de outros é determinante. Nem sempre a sua produção será premiada imediatamente. Mas cada conteúdo publicado soma à sua reputação.
Como ser um criador de UGC, na prática
Se a teoria já te convenceu, agora vem a parte prática. Não existe um caminho único, mas várias dicas podem acelerar seu desenvolvimento. Vou explicar ponto a ponto, com os principais cuidados e estratégias. Se for necessário, releia. Muitas vezes, aprender UGC é como andar de bicicleta: você vai errar, vai melhorar, vai cair e levantar. E depois, vai conseguir ir mais longe do que pensava.
Encontrando sua voz e identidade
O começo de tudo. Não tente imitar um perfil específico. Observe o que te motiva, o que consome, do que fala com naturalidade. Nicho é a palavra. Quanto mais específico, maiores as chances de se destacar. Curte pets? Gastronomia? Skincare? Livros? Defina, nem que seja provisório. Você pode mudar de área futuramente, mas ter um ponto de partida realista é quase sempre uma vantagem.
Construindo seu portfólio
Antes de marcas procurarem você, mostre o que pode entregar — mesmo que comece do zero. Grave vídeos demonstrando produtos fictícios ou de marcas que você já consome (sempre com transparência). Monte uma pasta online (Google Drive, Linktree, portfólios próprios, até mesmo Instagram) com exemplos do seu trabalho.
- Vídeos curtos: demonstre produtos com comentários naturais, como se indicasse a um amigo.
- Fotos de uso: imagens bem compostas usando produtos de diferentes ângulos.
- Antes/depois: mostre resultados — quando aplicável, claro.
- Depoimentos: simule avaliações, mas sem mentir.
Aqui, menos é mais. Prefira 5 conteúdos de alta qualidade do que 20 medianos. Separe tempo para revisar, refazer e editar, caso sinta que pode ficar melhor.
Equipamentos: o que realmente importa?
Não caia no mito de que é preciso ter o melhor smartphone, uma câmera cara ou iluminação de estúdio para começar. O mais importante é saber usar o que já tem. Um bom celular, luz natural e um tripé simples fazem milagres.
Checklist inicial:
- Celular com câmera razoável
- Tripé (até um improvisado funciona, desde que fique estável)
- Luz natural (perto da janela ou em ambiente iluminado)
- Microfone de lapela simples, se for fazer gravações narradas
- Editores gratuitos, como CapCut para vídeo ou Lightroom para fotos
Com o tempo, vale investir em melhor iluminação, microfones e edição. Mas só quando sentir necessidade real. Não precisa ansiedade.
O diferencial não está no equipamento, mas na criatividade e no olhar.
Como praticar: rotina e aperfeiçoamento
Sabe aquele vídeo que parece fácil, mas foi gravado oito vezes? Muito do resultado está na prática. Não se cobre por perfeição logo de início.
- Imite conteúdos de criadores reconhecidos, mas coloque seu toque pessoal.
- Treine roteiro, mesa-posta, ângulos de gravação, tempo de fala.
- Analise o que gerou engajamento nas suas redes ou nas de outros.
- Peça feedback — amigos, familiares ou até seguidores.
O hábito de praticar diferencia amadores de profissionais. Nas mídias sociais, a curva de evolução é rápida; com poucas semanas, já verá progresso no seu próprio feed.
Apresentação e postura diante das marcas
Algo simples, mas que faz diferença: seja profissional e educado em todas as conversas. Mantenha os canais de contato organizados, personalizando abordagens em DMs e e-mails. Um portfólio pronto e bem montado é mais persuasivo do que textos longos.
Como encontrar e negociar com marcas
Uma dúvida comum para quem está começando é: como ser notado pelas marcas? Às vezes, se passa mais tempo esperando um contato do que desenvolvendo. Mas a verdade é que, principalmente no início, você vai atrás.
Buscando oportunidades
- Siga marcas de interesse e interaja nos comentários, de forma relevante.
- Use redes como Instagram, TikTok, LinkedIn e Twitter para se apresentar, marcando as empresas em conteúdos que fazem sentido.
- Procure formulários de recrutamento de criadores no site das marcas.
- Participe de comunidades de criadores e grupos online.
- Tenha sempre um e-mail com apresentação e portfólio pronto para enviar.
Não espere resposta imediata. Pode ser que demore, pode ser que nunca venha daquela marca. Diversifique suas abordagens. E, principalmente, tenha resiliência.
Relação de confiança é tudo
Ao negociar, seja transparente sobre experiência e expectativas. Não prometa o que não pode cumprir. Pergunte sobre briefing, formato, prazos, valores, feedbacks.
- Registre acordos por escrito, mesmo que por e-mail.
- Evite enviar trabalhos finais sem sinais claros de compromisso.
- Negocie preço, mas tenha base: pesquise valores médios no mercado ou pergunte a colegas.
Cada novo projeto é chance de construir uma relação duradoura. É comum uma marca voltar a contratar criadores em quem confia.
Como usar redes sociais a seu favor
Sem exposição, quase ninguém cresce. Publique conteúdos próprios, ensine, faça reviews espontâneas — mesmo que ainda não seja pago. Isso aumenta sua visibilidade e atrai seguidores que podem se tornar clientes ou chamar atenção de marcas.
- Instagram: carrosséis, stories, reels com processos de produção.
- TikTok: vídeos rápidos sobre bastidores, dicas ou erros comuns.
- LinkedIn: compartilhe marcos e aprendizados da sua trajetória.
- YouTube: reviews detalhados, tutoriais, trend challenges.
A ideia é criar familiaridade com quem te acompanha. Quanto mais você aparecer, mais fácil será ser reconhecido como referência naquele nicho.
O UGC começa antes da primeira parceria paga.
Não espere “ficar grande” para mostrar seu trabalho. Crie o quanto antes, receba críticas e aprimore. É um círculo positivo, quase automático. Lembre-se: Creator Apps acredita no poder de canais próprios como aplicativos personalizados, que fortalecem ainda mais o relacionamento e dão independência ao criador.
Como evitar golpes e ciladas no início
Infelizmente, golpistas aproveitam o crescimento desse mercado. Receber ofertas muito acima da média, pedidos de pagamento antecipado ou cobranças para participar de “seleções” são sinais de alerta.
- Nunca pague para ser selecionado como criador.
- Desconfie de empresas que não possuem canais oficiais ou contato transparente.
- Confirme o nome da marca e procure avaliações em sites de reclamação.
- Prefira negociar via e-mail ou plataformas oficiais do projeto.
- Leia contratos antes de assinar, tire dúvidas sem medo.
Quando ocorrer algo suspeito, converse com colegas de mercado. Troca de experiências também protege o seu caminho.
Monetização: formas reais de ganhar com UGC
Agora, vamos ao ponto que interessa: transformar seu tempo e energia em receita. Aqui vão algumas opções, cada qual com suas peculiaridades:
- Conteúdo sob encomenda: marcas pagam antecipadamente para receberem fotos, vídeos ou textos exclusivos, que podem ser usados em seus canais.
- Comissões por performance: criadores recebem uma porcentagem pelas vendas geradas, normalmente rastreadas por links pessoais.
- Reuso de conteúdo: algumas empresas remuneram o uso repetido de vídeos já existentes em campanhas e vídeos pagos.
- Eventos e ativações: lives, webinars, reviews ao vivo com prêmios e participação do público.
Não é raro encontrar casos de quem começou testando produtos recebidos e, em poucos meses, conquistou parcerias fixas e pagamentos mensais atrativos. Os valores variam: de pequenas quantias por vídeo até contratos regulares com receita recorrente.
Exemplos reais de sucesso
Conheci uma criadora, vamos chamar de Júlia, que começou gravando resenhas espontâneas de produtos de maquiagem. Com alguns meses, foi vista por uma loja local e fechou suas primeiras parcerias. Hoje, ela recebe produtos, faz publis e até cobra por treinar outras pessoas sobre produção de conteúdo natural. Outro caso marcante é o de Lucas, que uniu paixão por ciclismo a vídeos educativos. Suas análises atraíram marcas de acessórios esportivos e, com o tempo, ele construiu seu próprio aplicativo para membros do clube — exatamente o tipo de canal defendido pela Creator Apps.
Transforme sua paixão em renda recorrente.
Ferramentas para gestão do conteúdo UGC
Para quem trabalha sozinho, organização é chave. Existem recursos que poupam tempo e deixam tudo mais profissional:
- Planilhas de cronograma e resultados
- Apps para acompanhamento de entregas e feedbacks
- Edutores de vídeo e imagem focados em UGC
- Armazenamento em nuvem para backups e portfólio
- Plataformas de assinatura, quando for escalar seu negócio (pense em criar comunidades próprias)
Use ferramentas simples no início. Conforme sua demanda aumenta, opte por soluções mais avançadas, até considerar criar um aplicativo personalizado com apoio de projetos como a Creator Apps.
Sua evolução depende só de você
O caminho para quem planeja atuar com UGC é cheio de etapas, ajustes e até decepções. E sim, cada vitória é celebrada de verdade, porque construir relevância e conquistar parcerias envolve dedicação — não se faz do dia para noite.
Você vai precisar testar, errar, corrigir. E, principalmente, confiar no seu olhar e na autenticidade do seu conteúdo. Não lamente se o início for devagar. Todo grande criador começou assim: do zero.
Se quiser acelerar sua jornada, comece agora a planejar, criar, montar portfólio e divulgar. Participe de comunidades, conheça outras histórias, aprenda a negociar e, quem sabe, até expandir sua atuação para um canal próprio com o apoio da Creator Apps. Está esperando o quê? Venha criar o seu jeito de influenciar e construir um negócio digital de verdade.
Perguntas frequentes
O que é conteúdo UGC?
Conteúdo UGC (User Generated Content) é todo tipo de material digital — vídeos, fotos, avaliações, textos — criado espontaneamente ou de forma colaborativa por consumidores, seguidores ou criadores, e que pode ser usado por marcas em suas estratégias digitais. UGC traz autenticidade justamente por ser de “pessoa para pessoa”, não a típica publicidade tradicional.
Como começar a trabalhar com UGC?
Comece montando um portfólio: produza exemplos reais usando produtos que já tem, ou crie projetos fictícios demonstrando suas habilidades. Publique nas redes sociais, busque interações com marcas, envie seu material para possíveis parceiros e esteja aberto a aprender com feedbacks. Pratique para refinar seu estilo e siga criando mesmo enquanto aguarda as primeiras oportunidades.
Quanto um criador de UGC pode ganhar?
Os ganhos variam de acordo com experiência, nicho e tipo de contrato. Para iniciantes, é comum começar com remunerações modestas por peça de conteúdo, algo entre R$50 a R$200 por vídeo, por exemplo. Profissionais consolidados conseguem fechar contratos mensais fixos ou comissões que podem superar milhares de reais ao mês, principalmente quando apostam em canais próprios e recorrência.
Quais plataformas aceitam UGC no Brasil?
Diversas redes sociais e marketplaces abrem espaço para UGC: Instagram, TikTok, YouTube, Facebook, Twitter, e comunidades próprias criadas com apoio de projetos como a Creator Apps. Além disso, muitas marcas criam formulários em seus sites para receber propostas de criadores interessados nesse tipo de colaboração.
Vale a pena investir em UGC?
Sim, se você busca construir audiência, reputação e diversificar fontes de renda. O UGC está em crescimento, com cada vez mais marcas valorizando autenticidade e o relacionamento próximo que criadores geram. É caminho real para quem quer independência e novas oportunidades no digital, podendo inclusive evoluir para um negócio multimilionário, como propõe a Creator Apps.